O RESGATE DAS ANTIGAS CULTURAS PARA A RETOMADA DOS VALORES INDIVIDUAIS

A sociedade vem buscando refletir sobre seus valores através de antigos conhecimentos e filosofias.

As pessoas estão reavaliando o seu propósito quanto indivíduo, sendo este comportamento ainda um reflexo do período em que passamos confinados em casa diante de um tempo e espaço que nos obrigaram a olhar para nós mesmos e refletir sobre como estamos levando a vida.

Ancestralidade em busca de propósito

“Como a sociedade chegou a este ponto?”, “Minha existência realmente se resume a um emprego e a status social?”

Neste processo de reflexão a sociedade trouxe de volta para o hype antigas filosofias e civilizações, gerando uma onda da retomada de textos estóicos, hedonistas, taoístas, seriados abordando heróis que viajam no tempo, coleções de moda e artigos de decoração com fortes traços surreais, medievais e étnicos.

Tudo isso é produto da REAVALIAÇÃO DO PROPÓSITO, DO FUTURO DO INDIVÍDUO E DA SOCIEDADE, “O que eu estou fazendo da minha vida?”, “Como a sociedade chegou a este ponto?”, “Minha existência realmente se resume a um emprego e a status social?”

Voltando algumas casas, quando olhamos para o nosso desenvolvimento quanto civilização vemos que fomos moldados por um monopólio cultural, onde por exemplo, através de uma religião que demonizou as demais, passamos a acreditar que somos superiores ao restante da natureza e devemos submetê-la às nossas vontades sem medir consequências; já no século XIX criamos a crença de que a existência humana se resume a produtividade e ao status social através do trabalho; e por fim, colocamos em um pedestal a ciência com o título de única ideia com real validade, deixando no esquecimento conceitos como a filosofia e a sociologia que nos provocam o pensamento crítico. Tudo isso formou uma visão bitolada que muito pouco questionou os desequilíbrios terrestres.

Fonte: Museu Britânico - Programação 2022

De volta ao presente, esta busca por diferentes conhecimentos impacta positivamente em dois principais pontos, além de uma rachadura considerável nas “verdades absolutas” citadas acima. O primeiro é a relação com a qualidade do tempo e a tomada de decisões pautadas pela consciência da finitude da vida, já a segunda, alavancará a pluralidade cultural que faz com que criemos um ambiente heterogêneo, rico em pensamento crítico, oportuno a mistura de conhecimentos e mais seguro para a diversidade de opiniões e escolhas. Já pelo prisma mercadológico, vale ficar atento às estéticas multiculturais que vem ganhando tração, aos tratamentos com alucinógenos que visam melhorar a qualidade de vida de uma população mentalmente fatigada, a pluralidade no segmento cultural, e principalmente, afeta na forma com que as pessoas veem o equilíbrio entre a vida pessoal, profissional e sua relação com a natureza, de maneira geral, como enxergam o equilíbrio entre suas prioridades, por fim, todo esse bolo e muito mais impactará na legislação, pois a mudança de valor de muitos pressionará a criação de maior proteção e garantia de direito destes novos valores.